
A exposição "Retratos oitocentistas no Museu Mariano Procópio", que integra a programação do projeto, que, assim, também contempla a fotografia histórica, pode ser visitada até o dia 23 de setembro, no parque do Museu Mariano Procópio.
Mais de 1.300
visitantes já assinaram espontaneamente o livro de presenças. Entre os autores das imagens, fotógrafos consagrados como Marc Ferrez e Juan Gutierrez.
O público vai ver, entre outras, nove fotos de negros que foram exibidas na Europalia, além de sete índios de um dos álbuns da Viscondessa de Cavalcanti.
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Uma das fotos: Baronesa do Retiro
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A seguir, o texto de apresentação da exposição, pelo Diretor do Museu, Douglas
Fasolato.
Retratos
oitocentistas no acervo do Museu Mariano Procópio
O
acervo do Museu Mariano Procópio permite apresentar a evolução da
fotografia no Brasil e no mundo, através
dos mais diversos processos e técnicas,
algumas delas pioneiras, como daguerreotipia, ambrotipia e
ferrotipia. Essa abrangência reafirma-se nos formatos e suportes,
como carte-de-visite e cabinet-size, chegando aos que a popularizaram
ao longo do tempo, a partir da segunda metade do século XIX. Nas
coleções, destacam-se obras de nomes consagrados da fotografia
nacional e estrangeira.
Toda
essa relevância, que
insere o acervo entre os mais importantes do Brasil, reflete o
interesse e gosto do patrono da instituição, o comendador Mariano
Procópio Ferreira Lage, e de seu cunhado, o fotógrafo amador Manoel
Machado Coelho Júnior, cujo aparato para produzir fotografias
impressionou Luiz Agassiz, em 1865, como registra em seu livro Viagem
ao Brasil.
O
fundador do Museu Mariano Procópio, o advogado e colecionador
Alfredo Ferreira Lage, filho de Mariano Procópio, era fotógrafo
amador premiado, assim como seu irmão Frederico Ferreira Lage. Eles
eram primos-irmãos da Viscondessa de Cavalcanti, cuja coleção se
destaca no acervo tanto pela qualidade como quantidade.
Com
quase 35 mil itens reunidos, não é tarefa fácil a escolha de uma
temática entre tantas possibilidades a serem exploradas. Optou-se
pelos retratos oitocentistas, priorizando-se os inéditos, os raros e
os que se destacam pela beleza e conservação, mas mostrando a
diversidade étnica e de estratos sociais. A elite local está
representada pelos Barões do Retiro e pela Baronesa de Santana,
assim como personagens da vida cotidiana da cidade, como o
historiador Albino Esteves, os jornalistas Heitor de Alencar e
Francisco Lins, somados aos artistas que estiveram de passagem, além
de autores e retratados ainda não identificados.
Na
seleção figuram fotografias etnográficas, como as de negros (oito
das quais de Alberto Henschel) e de índios,
entre os quais retratos produzidos pelo fotógrafo Joaquim Ayres,
reunidos em um dos álbuns da Viscondessa de Cavalcanti. Não eram
imagens contratadas pelos retratados, mas despertavam interesse na
comercialização como souvenirs e eram objeto de interesse dos
colecionadores, turistas e cientistas.
Em
poses tradicionais ou irreverentes, trata-se
de cenas de estúdio, preparadas para registrar a representação que
desejavam os personagens ou os fotógrafos, mas que,
mesmo assim, permitem
revelar os hábitos e os costumes de uma época.
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Na entrada do Parque do Museu Mariano Procópio
3690-2200 / 3690-2211
Na entrada do Parque do Museu Mariano Procópio
FOTO 12 - 12 de agosto a 12 de setembro
Terça a domingo, de 8 h às 18 h
Rua Mariano Procópio, 11003690-2200 / 3690-2211
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