quarta-feira, 26 de março de 2014

Dificuldades para fotografar 3 - O outro lado

     Continuando nossa cobertura do assunto, vamos ao lado da UFJF, cujas preocupações e motivações nos foram passadas pela Secretária de Comunicação, Profª Christina Musse, em mensagem da segunda-feira, 24 de março. 

      Quando nos vemos diante de uma divergência qualquer, um desentendimento, sem dúvida a melhor maneira de resolver é conversando e cada lado procurando entender as razões dos outros.

     O JF em Foco está, neste caso, procurando fazer  este papel, ouvindo e veiculando as preocupações de cada parte, com o intuito de colaborar e melhorar as condições para se fotografar na cidade. E vimos registrando que temos tido a melhor receptividade na SECOM / UFJF, a cargo da Profª Christina, que, por ser também profissional de Comunicação Social, é sensível ao tema.

     Entre outros pontos, a Secretária nos informa:

"Não temos um Código de Posturas no Campus.Talvez devêssemos tê-lo. Não para burocratizar, mas para organizar o acesso e uso do campus e garantir direitos e deveres para todos.  
O campus se transformou numa grande área de lazer, o que é muito democrático, mas gera problemas de limpeza, de trânsito, de convívio, de segurança, enfim, são muitos."

     A Secretária toca em um ponto interessante. De fato, um espaço que era originalmente da instituição foi adquirindo cada vez mais esta característica de disponibilizado à cidade como um todo. Por suas características físicas, certamente, mas também em muitos momentos ao longo do tempo por promoção e atração da própria UFJF, como na realização de concertos, no apoio aos "atletas" de fim de semana, etc.

     E de fato, para quem trabalha no setor público ou mesmo em grandes empresas, com gestão de grandes equipamentos, ou com grandes eventos, não surpreende a observação de que gerir o uso, dar manutenção na área para seu uso e ainda no pós-uso pela comunidade não é tarefa das mais fáceis. Os campos citados, como limpeza, segurança, etc. são de todo pertinentes. Portanto, é compreensível, como ponto de partida, que a instituição queira disponibilizar o espaço para todos, mas precise ter algumas normas ou diretrizes para poder exercer o necessário controle sobre o que ali acontece.

      A SECOM completa sua informação destacando que, embora esteja incumbida pelo Conselho Superior da UFJF desta gestão, enfrenta dificuldades para fazê-lo, e relata que já promoveu discussões internas "para tentar ter mais clareza do que nos cabe como rotina para garantir o bom convívio entre todos aqueles que frequentam o campus".

     No entanto, a situação ocorrida foi causada pelo modelo adotado até o momento. A gestão de uma área grande e aberta à comunidade como o campus, de fato, deve-se reconhecer, é difícil. Para ajudar no tocante ao aspecto da prática da Fotografia no campus da UFJF é que se deu início a esta conversa e foram feitas as duas sugestões iniciais (ver matéria anterior).

     Como destacamos antes, o órgão da UFJF está bastante receptivo, e a Secretária acrescenta: "Coloco-me à disposição para trocarmos ideias e garantirmos uma ocupação mais generosa e democrática do campus da UFJF".

     É, portanto, o que o JF em Foco está promovendo. Em nossa próxima matéria, detalharemos pontos específicos.


Veja toda a cobertura do assunto pelo JF em Foco.
Clique no marcador "Dificuldades para fotografar na cidade"
ao fim da cada matéria.

2 comentários:

  1. Marcos, favor excluir o comentário anterior. Tinha uns errinhos e não consegui apagá-lo.

    Bom, já deu pra compreender que o assunto não é tão simples e que toca em várias questões. Ficou claro, também, que não é fácil decidir sobre isso. Por isso, acho que as reflexões colocadas aqui devem ser levadas em consideração para surjam decisões justas e consistentes.

    Assim, penso o seguinte: Se um grupo de "skatistas", usando os melhores skates do mercado, reúne-se para praticar no campus da UFJF, e se ciclistas e corredores também o fazem, por que um grupo de fotógrafos, também com os melhores equipamentos, precisaria de autorização para fotografar? Teria a prática fotográfica necessidade de ser tratada de forma diferente? Se sim, por que? Se há profissionais de educação física utilizando o espaço do campus para dar aulas, não teriam os fotógrafos profissionais o direito de fazer o mesmo? Proponho essas questões como forma de colaborar com a discussão.

    Acho que a grande dificuldade reside em definir o que precisará de autorização e o que não. Isso é extremamente difícil, pois há um limite muito tênue entre o que é uma atividade programada e o que virou uma atividade ali, na hora, como o caso dos amigos fotografando. Outro exemplo: se levo uma bola para o campus não tem problema, mas se junto com outras pessoas e vira um bate-bola, já não pode.

    Atividade por atividade, quase todas oferecem risco: ciclistas atropelam, bolas batem nos outros, cachorros avançam, enfim, toda sorte de riscos. Até que nesse ponto a fotografia é bem segura...rsrsrs

    Bom, voltando ao assunto, coloquei um post no face pedindo que as pessoas dessem suas sugestões no JF em Foco e que centralizassem a discussão aqui para que haja evolução. O que interessa a todos é poder praticar suas atividades com liberdade, mas dentro dos limites definidos pela UFJF.

    Agora, definir esses limites é complicado...

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  2. Foi preciso ao ponto: o difícil é estabelecer o critério. É o que vamos discutir em seguida.

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