terça-feira, 25 de março de 2014

Dificuldades para fotografar 2 - As sugestões do JF em Foco

     Conforme relatado em nossa matéria anterior (Dificuldades para fotografar na cidade), um curso de Fotografia da cidade foi impedido de fotografar no campus da UFJF.

     O primeiro contato feito pelo blog JF em Foco com a UFJF teve retorno imediato da Secretaria de Comunicação da universidade, esclarecendo os procedimentos necessários para se obter autorização para fotografar.

     A instituição se mostrou aberta a receber sugestões. Portanto, com o intuito de colaborar, ainda durante o fim de semana, em contato com a SECOM, o JF em Foco apresentou duas sugestões iniciais, para consideração pela universidade. Como anunciado na primeira matéria, apresentamos aqui as sugestões feitas.

     Publicamos, para conhecimento, o mesmo texto enviado à UFJF. Além das sugestões, procuramos desenvolver e apresentar alguns argumentos para sustentá-las.


  1. Permitir fotografias sem restrição

    Salvo se apresentada alguma justificativa muito sólida e convincente, não me ocorre um bom motivo para não fazer isso. Estamos em um país livre, em que a arte e a cultura ainda sofrem de grandes dificuldades de infraestrutura, sem falar na educação. Portanto, precisam de muito incentivo, e não de restrição. Esse pessoal não vai causar qualquer problema a ninguém, nem à UFJF, com suas fotografias. Creio que seria um bom papel da UFJF dar esse incentivo e eliminar esta restrição.

    Recentemente o MAMM / UFJF apresentou uma belíssima exposição do fotógrafo lituano Antanas Sutkus, que relatava sua difícil experiência de fotógrafo na então Cortina de Ferro da URSS. Só podia fotografar onde era permitido. Tinha de pedir autorização antes. Pode ficar difícil não fazer alguma analogia de situações...

    E ainda, na direção de demonstrar o cabimento desta primeira proposta: há alguma situação em que, se pedida autorização, ela não será concedida? Ou seja, existe alguma situação em que não se permitirá fotografar? Se não existir, porque esta burocracia? Melhor facilitar e permitir logo.

    Recentemente, caso similar ocorreu no Parque da Lajinha. Os fotógrafos protestaram e a PJF sabiamente recuou das restrições (que no caso eram de ordem financeira, cobrar taxa de fotógrafos comerciais).


    2. Permitir com validade permanente

    No cenário em que a sugestão 1 acima não seja aceita, vai uma outra. Se um professor ou curso de Fotografia da cidade pedisse autorização, ele poderia receber uma autorização permanente. Assim, por exemplo, o professor X e o Curso Y, já estariam autorizados a fotografar, isto seria feito uma vez só e eles poderiam ir então ao campus quantas vezes quisessem, sem que a segurança os impedisse de fotografar, dado que esta já os teria como autorizados.



     Registramos que já na segunda-feira, 24/3, recebemos novo retorno da SECOM/UFJF, por meio da Secretária de Comunicação, Profª Christina Musse, que foi bastante receptiva às sugestões feitas e informou que irá levar as questões apresentadas para uma reunião interna e ver se é o caso de mudar os procedimentos e como fazê-lo.

     Voltaremos ao tema em seguida, detalhando alguns pontos de vista apresentados pela UFJF e tentando contribuir mais para se encontrar uma solução consensual. Também poderemos desenvolver mais alguns argumentos e pontos de vista que têm sido manifestados por outras pessoas.



Veja toda a cobertura do assunto pelo JF em Foco.
Clique no marcador "Dificuldades para fotografar na cidade"
ao fim da cada matéria.

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